Perfeita imperfeição

PAULINHA DE TARSO:

Não sei se há palavras suficientes para expressar certos sentimentos...
Acredito que certas coisas são impossíveis de se transformar em palavras.
E aí tento escrever. Escrevo, escrevo e não fico satisfeita. E eu penso em você e eu sinto, mas não adianta, é muito maior do que as palavras podem dizer. E continuo lutando contra mim mesma. E luto contra a escrita, apenas, para quê? É o que faço de melhor, ou devo dizer menos pior... Nada faço com perfeição. E é essa imperfeição que move o mundo. Brigo com meus sentimentos e com as palavras, por que se fosse perfeita saberia exatamente o que escrever, o que sentir. E daí que muitas vezes nem sei o que sinto. E assim vou eu, vivendo meu eterno conflito comigo mesma, com minhas emoções e minhas malditas palavras que nunca fazem do jeito que eu queria que fosse. E meu egoismo toma conta de tudo, já que quero que seja da minha maneira. E esse sentimento eu conheço com perfeição. Ah!, esse sim. Querendo controlar os sentimentos, querendo mandar nas palavras e em tudo ao meu redor. E eu me confundo na escrita! E me perco. E não consigo que eu faça as coisa à minha maneira. Se não posso me controlar, no que ei de mandar? Sinto tudo, escrevo o que vier, mando em nada no fim das contas.



Texto por Paula de Tarso, cronista que esreve neste espaço... . Confira mais em http://all-inside-out.blogspot.com