Quanto tempo ainda temos que esperar?

Por Luciano Santos:

Neste ano de 2011, a Aids completa 30 anos. Foi em Março de 1981 que os primeiros casos foram diagnosticados. A falta de informação, por parte da imprensa sensacionalista daquela época e com a falta de conhecimento da medicina fez com que muitos pensassem que esta transmissão acontecia somente no meio homossexual, ficando conhecida assim como peste gay. Surgindo então mais tarde o conceito de grupos de risco: homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis e mulheres com muitos parceiros. Enquanto isso, em silêncio, o vírus se espalhava entre homens, mulheres e casais que não faziam parte desses grupos.

Hoje nós sabemos que não há grupos de risco. O que existe é o comportamento de risco. O comportamento de risco é aquele caracterizado pela relação sexual sem preservativo. O uso de camisinha vem diminuindo entre mulheres e homens de qualquer idade, tanto nos relacionamentos estáveis quanto naqueles mais casuais.

Segundo o Ministério da Saúde, os casos de Aids aumentaram no grupo de mulheres casadas e nas pessoas acima dos 50 anos de idade. Acredita-se que nos dias de hoje a África do Sul seja o país com o maior número de portadores de HIV do mundo, pelo menos 4,7 milhões de pessoas. No Brasil estima-se que haja 630 mil pessoas com a doença, mas parte delas, algo em torno de 255 mil, não sabe disso ou nunca fez o teste do HIV.

Apesar das boas perspectivas de tratamento, da qualidade das drogas usadas contra o vírus, com a redução de transmissão do HIV por transfusão de sangue, de mãe pra filho e pelas drogas injetáveis; a cura dessa terrível doença ainda desafia os meios científicos.

Já estamos no séc. XXI, e 30 anos se passaram...

• Quanto tempo ainda teremos que esperar para descobrirem a cura desta terrível doença?
• Por que ainda existe tanto preconceito?
• Por que a humanidade ainda insiste em um estilo de vida abusivo, mesmo havendo tantas campanhas educativas?
• Por que as pesquisas médicas nunca chegam a uma conclusão definitiva?

É hora de submeter a AIDS a séria revisão científica, começando tudo de novo. Somente assim poderemos encontrar respostas para nossas perguntas sobre ela.

O melhor remédio ainda é a PREVENÇÃO..